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A empresa familiar e o nível certo de conflito

  • Foto do escritor: Comunello & Rohden
    Comunello & Rohden
  • 9 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura


O Prof. Josh Baron, sócio e co-fundador da BanyanGlobal Family Business Advisors, publicou interessante artigo na Harvard Business Review, em 26/12/2018, sobre o nível adequado de conflito nas empresas familiares.


Baron relata na sua pesquisa que uma boa parcela das empresas familiares busca evitar conflitos entre seus membros, para manter a harmonia dos laços familiares. Contudo, destaca que o impacto, tanto de conflitos em excesso, quanto da ausência de conflitos, seja na família ou no negócio, são praticamente idênticos. Ambas as situações podem ensejar o indesejado cenário de limitação do crescimento, de tomada de decisão deficiente e de perda de vantagem competitiva.


Entre os dois extremos, dos conflitos em excesso, e da ausência de conflitos, que gera um ambiente silencioso de insatisfações, existe um equilíbrio saudável, onde questões difíceis podem ser levantadas, endereçadas e resolvidas sem que se gere danos irreparáveis e duradouros aos relacionamentos e ao patrimônio.


Ao se encarar a realidade da inevitabilidade de conflitos, a sensatez aponta para a necessária prioridade na gestão de conflitos, e não simplesmente em tolerá-los ou eliminá-los. Assim, para Baron, as famílias que se encontram em situação de excessivo conflito, possuem o desafio de reduzir a intensidade e construir ambiente para que conversas construtivas ocorram. Por outro lado, as famílias que limitam muito o conflito, o que é o mais comum, precisam aprender a discordar mais, de modo a possibilitar a liberação das pressões que se acumulam internamente nas relações.


As perguntas chaves para que a família se faça, a fim de verificar se estão na zona positiva de conflito:


(a.) Existe satisfação geral com a direção da família e da empresa? Mesmo não estando satisfeito com todos os aspectos, é possível dizer que estão melhor junto do que separados?


(b.) As decisões sobre questões críticas estão sendo tomadas? Por mais que não se abordem todos os temas objeto de discordância, existe um consenso de que não há um “elefante branco na sala”?


(c.) As relações familiares são boas o suficiente para trabalhar e conviver? Não precisam ser melhores amigos para possuírem um patrimônio em comum, mas é fundamental que haja alinhamento em relação aos grandes problemas, e que seja proveitosa a companhia uns dos outros.


A conclusão de Baron, em seu artigo, é que algum conflito é sempre saudável, pois concorre para aliviar as tensões de eventuais ressentimentos existentes, potenciais problemas, e podem beneficiar processos produtivos a qualificar a tomada de decisões. Bem gerenciados, os conflitos familiares podem se tornar fonte de ligações ainda mais fortes e maduras entre os membros familiares.



Luciano Comunello

luciano@advocaciacr.com.br


Advogado formado pela PUCRS, com LLM em Direito dos Negócios pela Unisinos e especialização em Gestão de Tributos e Planejamento Tributário Estratégico pela Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da PUCRS.


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